segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Ainda espero

Ainda espero
pelo dia que te encontrar
De, junto a você
Da solidão me afastar

Ainda espero
poder ficar perto de você
e segurando a sua mão
me sentir seguro

Ainda espero
poder olhar nos seus olhos,
acariciar seu rosto
e dizer o quanto te adoro

Ainda espero
te ver no fim do dia
e trocarmos causos
dos nossos trabalhos,
do nosso dia-a-dia

Ainda espero
poder te abraçar
e nesse abraço, sentir o carinho
que só nós dois podemos nos dar

Ainda espero
ouvir sua voz
que pra mim será como uma canção
um belo hino

Ainda espero
poder me deitar junto a ti
e velar o teu sono
para só assim poder dormir

Ainda espero te encontrar
Na rua, por ae
em algum lugar
e que nesse encontro, decidiremos juntos
que não vamos mais esperar.

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Agora faltam 3.

Boa noite para quem está lendo o que escrevo.

Essa semana diminuiu mais um ano da minha contagem e devia até mudar o título mas prefiro não mexer nisso. Até porque não damos nomes aos filhos para mudarmos ao nosso bel prazer.

Cheguei aos 37 e com um pouco mais de tranquilidade em relação aos outros textos que escrevi mas ainda lido com o problema de não ser visto. Pelo menos para quem gostaria de ser visto, nem sou notado.

Recebi muitas mensagens de carinho nesse dia mas esperava uma mensagem de quem me cativou, só com o olhar, há alguns meses atrás. Infelizmente, por um ato imaturo de minha parte, perdi essa oportunidade. Apesar de aceitar a ajuda de meu amigo, por conta da timidez e falta de oportunidade de encontra-lá pessoalmente, ao invés de conseguir, foi em vão. Foi minha máxima culpa. Vencido pelo maldito medo de errar, de levar na cara.

Eu tenho que colocar na minha cabeça que tô velho demais para agir como um adolescente, que não consegue expressar seus reais sentimentos. Se consigo ter iniciativa nas coisas que faço, no meu dia a dia, como não consigo ter a mesma iniciativa para confessar o que sinto.

Houve também outras coisas que aconteceram que foi um verdadeiro tapa na cara mas não vale a pena repetir o assunto. Apenas acho que preciso parar de reclamar e agir. Tenho uma meta para a minha vida pessoal e o resultado depende dos meus atos, assim como no trabalho que realizo.

Sem muito mais o que dizer.

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Lutador

Sempre fui fã de heróis. Seres que, por experiências químicas ou por uma vida marcada pela tragédia, se tornaram exemplos de força e coragem para quem vive em seu universo. Desde criança, sempre quis ser um herói. Os heróis sempre são respeitados por suas qualidades e eu, na minha tenra infância, fui sempre motivo de chacota.

Anos mais tarde, criei meus próprios heróis. Um deles era tudo que eu queria ser. Fiz dos meus amigos a minha "liga da justiça" e, no meu universo particular de HQs, vivia as aventuras da minha imaginação.

Hoje, ao ver alguns heróis dos meus sobrinhos, vejo que resolveram criar personagens que ficassem mais próximo da idade dele, o que acho muito legal. Ben 10 pra mim lembra o Shazan, o herói da DC que o alter-ego é uma criança. Só que, próximo desses valores, estão personagens de carne e osso, da vida real, que a mídia quer endeusar. Hoje falo especificamente dos lutadores.

No nosso mundo atual, o MMA se destaca a cada dia. A categoria que faz com que o lutador assimile diversos estilos de luta e os coloca num combate. Até ae, nada demais. O boxe, onde já tivemos um representante brasileiro (Mr. Maguila, thank you!) não tem nada de diferente! Será?

Aprendi com um amigo, instrutor de karatê, que os mestres ensinavam disciplina e espírito esportivo. Não que isso não seja mostrado nos reality shows da vida mas e no nosso dia-a-dia? Vejo casos de total descaso quanto a isso. Homens que chegaram ao nível de "mestre" ensinando apenas como "ser o mais forte", seja dentro do octógono ou fora dele.

O que isso gera? Conheci de perto um caso de violência doméstica, justamente causada por um indivíduo desse tipo, por motivo banal e, atualmente, fui surpreendido por outro caso em que o indivíduo se utiliza de seu tamanho e força para intimidar pessoas que fazem parte da família de uma amiga e que, talvez por receio de uma revolta do mesmo, ela se mantenha nula diante das atitudes do mesmo.

Nessas horas, eu jurava que queria ter a mesma força bruta e técnica pra colocar ambos a nocaute e faze-los provar um pouco do seu próprio remédio, quem sabe trazendo a paz aos meus amigos mas não posso. Fui criado com disciplina mas na minha vida não tive condições de aprender uma arte de auto-defesa que me permitisse fazer isso ou muito menos a vida me deu facilidade de conseguir desenvolver fisicamente mais naturalmente, precisando apenas da musculação para definir.

Por isso que acho que devemos cobrar de quem vive dessa modalidade esportiva, que é a que mais se aproxima dos antigos conflitos de gladiadores da Roma antiga, que os mesmos promovam campanhas para que o impeto, a arrogância e principalmente a força bruta sejam mantidos apenas dentro dos limites da arena e não se estendam ao lado de fora.

Boa semana.

quinta-feira, 13 de março de 2014

Oração ao vento

Minha vida é como um barco a vela
Que depende do vento para navegar
Apesar de já ter um norte
Estou a deriva, sem vento
Entregue a própria sorte.

Vento, lhe faço uma prece
Que seja breve, não se demore
Pois achamos que a vida é longa
Mas ela é breve, curta
Só o oceano, de vivência, tem essa sorte.

(Meus devaneios noturnos)

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Deve ser bom ser você

Boa noite. (pode ser bom dia ou boa tarde para quem estiver lendo)

A evolução tecnológica pode nos ter trazido inúmeros benefícios. Graças à ela, hoje realmente podemos falar mais rápido e ter acesso a várias informações, sendo ela boas ou não mas ela também nos trouxe um grande mal: traz a tona tudo de ruim que somos.

Uma vez, ouvi que conceito de bom ou mau é muito relativo. O que é bom para você, pode ser ruim ou péssimo para outras. E, passar os olhos na nossa maravilhosa rede social tem hora que me deixa deprimente.

Eu confesso que nunca fui um cara muito popular, nem o mais queridinho de todos e, talvez que isso fosse mudar um pouco com o tempo mas infelizmente não. Me encontro próximo a quatro décadas e ainda sofro de males que me perseguem desde a infância. Quem não quer ser querido? Mas não pela família ou amigos mas por todos. E as redes sociais acabam me mostrando isso, dentro do meu próprio círculo de conhecidos.

Os meus conhecidos mais populares parecem realmente terem sido "adocicados" pelas mães durante a infância. Qualquer post, por mais ridículo que seja, gera inúmeros comentários. Já vi muitos conseguirem listas intermináveis.

Você, pode estar lendo esse texto e dizer: Que ser humano patético! Fica esperando reconhecimento dos outros. Eu te digo que deve ser fácil para você, acordar todos os dias atualmente e ver que qualquer bobagem que diga, gera muitos comentários. Você deve conseguir, numa foto inusitada, vários elogios. Deve ser bacana ser você, uma pessoa que todos acompanham. Que não gera uma reação de negação quanto ao se aproximar de uma mulher interessante. Deve ser bom ser você, que acorda com o mundo sorrindo de tudo que faz, que acha lindo suas frases e que, ao menor sinal de desabafo, tem os "amigos" mais rápidos do oeste para lhe prestar apoio e solidariedade.

Sim, deve ser legal ter um corpo desejado, ter uma aparência sensual. Ter dinheiro e carro para ir a todos os mais badalados lugares da sua cidade.

É, eu não sou assim. Mas você deve perguntar: Puxa, você não tem amigos? Sim, tenho. Alguns são como você e tem isso tudo ao seu redor, sendo ainda mais respaldados por um universo virtual de mais amigos.

Só que uma coisa eu aprendi nesses anos todos em que me encontrei nessa condição de "escória de um padrão". Como muitos memês dizem, um dia sua beleza se vai. Um dia você não será mais o "desejável" do momento e nem a "linda e maravilhosa" da hora. E, com o tempo, sua lista vai diminuir até chegar no mesmo nível de comentários da minha.

Espero que saiba se virar quando se tornar mais um "eu" porque "eu", mesmo confessando isso tudo, ainda consigo levar minha vida adiante com isso.


Até a próxima.



domingo, 23 de fevereiro de 2014

Carência, a gente se vê por aqui

Todo mundo reclama da solidão só que a solidão, sozinha, nem sempre é ruim. Você pode fazer as coisas que gosta sem ninguém te regulando ou dizendo o que você deve fazer. Uma pessoa consegue até conviver bem com a solidão, desde que tenha ao seu redor tudo do que mais gosta.

O que realmente arrebenta o ser humano é quando a solidão vem acompanhada de um sentimento que às vezes se confunde com uma necessidade: chama-se carência.

Isso não tem nada a ver com amor-próprio, o que muitos cansam de dizer que eu não tenho. Pergunto, se eu não tivesse amor próprio, estaria escrevendo esse texto agora? Não, certamente já estaria numa cova porque cortei os pulsos ou me envenenei para acabar com esse sofrimento. Sou cristão mas tive uma educação espírita kardecista e sei que suicídio é trocar um problema por outro maior. Então não é o amor próprio que me incomoda e sim a carência.

Por longos 20 anos fui um cara solitário. Tive, como dizem, algumas "ficadas" mas nada que fosse o que eu queria. Algo sério, que caminhasse para uma vida a dois. Ae, um belo dia, através de um amigo, conheci o meu primeiro amor. Foram 6 anos ali, do lado dela, com suas qualidade e seus defeitos, mas sempre admirando a pessoa que ela era e incentivando quando o mundo estava contra ela.

Mas, como disse, foram 6 anos. O que era doce, acabou-se. E hoje estou eu, solto nesse "mundão de meu Deus" a espera de uma nova oportunidade para novamente ser feliz.

Nesses anos de solidão, vi como a solidão é. Às vezes, ficar sozinho é bom. Não é ruim. A complicação surge quando a carência cobra de você: Porra! Cadê aquele mulherão pra te esperar depois do trampo e que, num fim de semana, vocês vão sair juntos e depois terminar numa noite boa de sono, juntos?

Essa cobrança interna é que me quebra. Tento, às vezes, formas paleativas de suprir essa carência e, nesse meio tempo, recorri a serviços profissionais. Que serviços profissionais? Ora, não seja ingênuo! Estamos falando da profissão mais antiga dentre as mulheres e que, realmente concordando com as feministas, nasceu do mais puro machismo: prostitutas.

Já conheci diversas. Das mais rampeiras, beira de rua, as mais chiques das boates. E conheci suas histórias. São poucas que realmente estão ali porque curtem aquele universo. Muitas trabalham por conta dos filhos, ou para ajudar pais doentes e que um emprego comum não lhes daria grana suficiente para ajudar no tratamento. Outras vêem apenas uma oportunidade de juntar dinheiro para abrir o seu negócio e abandonar a vida mundana.

E tudo isso aconteceu por causa de um detalhe: carência. Sim, se você está lendo esse texto e é mulher, e fica se perguntando porque você sempre descobre que seu namorado tá "passando o rodo" porque não se pergunta onde está falhando? Sim, você e eu não somos perfeitos. Eu tomei um pé na bunda e nunca soube onde falhei. Mas sou humano e tenho essa carência que me assombra, junto com a solidão. E talvez, se você leu esse texto, você também pode estar tendo ou tem.

Não me envergonho das coisas que fiz e, se um dia uma pessoa estiver comigo, vou abrir o jogo e contar isso. Se perdê-la, é porque ela não foi madura suficiente para compreender que foi uma fase e que, tendo essa ausência sanada na minha vida, posso dizer com certeza serei muito mais feliz. Até lá, sigo na triste sina de superar isso sem ter que apelar para isso, o que muitas mulheres diriam ser uma fraqueza mas, infelizmente, não nasci charmoso o suficiente para minha beleza chamar a atenção e não existe um ser humano, seja ele masculino ou feminino, que consiga ver o que somos "por dentro".

Até o próximo texto.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Introdução: Eu

Olá!

Você não me conhece mas não sou diferente de você.

Tenho 36 anos e nasci no dia 04 de julho de 1977. Se fosse nos Estados Unidos, meu aniversário seria uma comemoração estilo patriota mas nasci em terras tupiniquins, mais precisamente em Brasília, capital de nossa amada terra Brasil.

Sou filho de um militar aposentado (Oi pai!) de uma funcionária pública aposentada (Oi mãe!) e tenho um irmão que trabalha em um grande banco do governo(sim, ele seguiu na carreira da família). Sou tio de duas peças raras, um casal, sendo que o mais velho é meu afilhado.

Na vida, eu não me encaixei na vida militar (passagem rápida e triste pelo Colégio Militar) e muito menos consegui uma oportunidade em algum órgão público (várias tentativas frustradas de concursos públicos. Quem sabe acerto.) mas, nasci com o dom de desenhar (ok, não chego aos pés de um Jim Lee mas quebro o galho) e de criar (fazia gibis dos meus personagens na adolescência) o que me levou a trabalhar com design gráfico. Tenho um bom tempo de vivência nisso mas ainda não sou um Hans Donner (e nem ganho como tal). Me considero um designer mais simples, que usa bem o que aprendeu mas não faz artes mirabolantes com mais de 500 layers do photoshop.

Graças aos meus pais. minha tia (que sempre também foi um anjo da guarda para mim) e meu esforço, também consegui ter uma máquina fotográfica e uma filmadora, o que me permite também desenvolver trabalhos nessas áreas mas não ganho, ainda, rios de dinheiro com isso. Dá pra ganhar uma grana boa pra ajudar no fim do mês.

Tenho muitas amizades, assim como você tem. E tenho alguns hobbies, assim como qualquer um tem. Então, por que cargas d'água um sujeito desse resolveu criar mais um blog? A resposta é que, esse ano resolvi que vou mudar minha vida (tá mas isso ae todo mundo que pula as sete ondinhas e enche a cara de champagne - vulgo, cidra - resolve também). Só que, como disse no início do texto, tenho 36 anos e muitas coisas na minha vida ficaram estagnadas.

Daqui a 4 anos vou fazer 40 e, por mais que seja paranóia minha, sinto que minha vida parou. Não sou casado, poderia ter sido mas até hoje não soube os motivos porque levei um pé-na-bunda e fiquei muito tempo vagando no limbo de uma vida sendo "empurrada com a barriga".

Mas vi que a vida está passando aos meus olhos e preciso fazer algo para mim. Vejo meus amigos com as vidas encaminhadas ou, às vezes, não tão bem encaminhadas mas com bons motivos para seguir em frente e, ao vê-los, me sinto parado no tempo e por isso estou determinado a mudar.

Comecei esse blog para narrar algumas histórias. Aquelas que forem acontecendo durante esse período até os meus 40 anos. Pode ser que sejam tristes, ou hilárias mas espero que apreciem.

Vou ficar por aqui. Aguardem o próximo texto.